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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Marcionismo


marcionismo

Amados irmãs e irmãs em Cristo! Vocês já ouviram falar sobre "marcionismo"? Até pouco tempo atrás, eu nem imaginava que esta palavra existia, mas em uma pregação na minha igreja, feita pelo nosso pastor presidente, que ás vezes nos dá uma verdadeira aula de teologia em suas pregações. Foi que eu ouvi falar sobre o marcionismo.
Marcião nasceu em Sínope, no  Mar Negro. Cedo se mudou para Roma, onde desenvolveu uma grande atividade como membro da Igreja local e como impulsor de uma seita, conhecida mais tarde com o nome de marcionismo. Sua doutrina se resume em três pontos: a) o cristianismo é o Evangelho do amor, não da lei. Em consequência rejeitou o Antigo Testamento como contrário ao Evangelho de Jesus; b) do Novo Testamento apenas aceita dez cartas de S. Paulo e uma versão revista do Evangelho de S. Lucas; c) concebe Cristo como um demiurgo cujo corpo era aparente (docetismo) bem como sua crucificação.

O site "infoescola" explica que, Marcionismo é o nome dado a uma filosofia religiosa desenvolvida por Marcion (Marcião) de Sinope (110-160). Apesar de ser filho de um bispo (a igreja cristã não havia ainda estabelecido o celibato de sacerdotes) desta região do Ponto (atual Turquia), Marcion passou a adotar uma crença bastante diversa da ortodoxia cristã, o que o levou a ser excomungado em 144.
Sua teologia era baseada em uma visão dualista, que fazia uma distinção entre Jeová (Yaveh), deus cultuado pelos hebreus, que seria um ente mau, vingativo, simpático à guerra, inconstante, autor do mal, e que ficava acima de outros dois planos, um onde habitavam os anjos e outro onde fica a matéria. Do outro lado, estaria o deus revelado por Jesus, bom e verdadeiro, que estaria em um plano superior ao de Jeová. Acreditava ainda que a matéria era má, e que Cristo foi enviado para abolir a Lei e os profetas, bem como todas as obras do perverso criador. Cristo, ao se manifestar no mundo terreno, da matéria, teria se revestido de uma corporeidade apenas aparente, pois se assumisse a matéria ficaria sob o poder do criador maligno e não alcançaria seu objetivo.
marcionismo

Tais conceitos acabaram por angariar a Marcion a antipatia de muitos cristãos, que consideravam sua doutrina como herege. Como cânone de sua fé, adotou apenas o Evangelho de Lucas, ainda assim com vários cortes, e dez cartas do apóstolo são Paulo.
Para Marcion, aliás, são Paulo era o único entre os apóstolos que compreendeu a verdadeira mensagem de Jesus, estando os outros impregnados por demais da cultura judaica para compreendê-la. Além disso, considerava que todas as citações do Antigo Testamento encontradas em Lucas e nas cartas paulinas teriam sido inseridas por terceiros, interessados em deturpar a mensagem de Cristo. Por fim, sua filosofia desprezava a criação, a encarnação e a ressurreição final.
Para dar suporte ao seu pensamento, Marcion inclusive organizou uma igreja independente, com seus próprios bispos, rivalizando com o grupo cristão. O marcionismo foi assim considerado, em meio às várias seitas gnósticas que surgiam, com interpretações heterodoxas, o primeiro sério desafio à expansão do cristianismo.

Não podemos entender o contexto histórico do movimento de Marcião, sem primeiro voltarmos um pouco no tempo, mais precisamente aos primórdios da história do Cristianismo, onde poderemos observar o início da Igreja de Jesus Cristo, bem como o desenvolvimento dessa mesma Igreja até nos situarmos perante o movimento a ser estudado, no caso o Marcionismo na Igreja Antiga e suas contribuições. 
1.1 Origem da Igreja.

Quanto a origem da Igreja encontramos várias divergências entre muitos autores de história do cristianismo, dado as diferentes interpretações de cada um. Alguns colocam sua origem quando do nascimento de nosso senhor Jesus Cristo, outros por sua vez, retrocedem um pouco e afirmam sua origem já na plenitude dos tempos, baseando essa assertiva nas declarações do Apóstolo Paulo, registradas na carta aos Galátas ?Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei Gl 4.4?. E ainda outros avançam um pouco e põem a origem da Igreja na responsabilidade dos Apóstolos, uma vez que o próprio Cristo não deixou nada escrito, cabendo assim aos Apóstolos através do Espírito Santo a responsabilidade da fundação e organização da Igreja de nosso senhor Jesus Cristo. ?Cristo é mais o fundador do que o fundamento da Igreja. Isto fica evidente pelo uso do tempo futuro que faz em Mateus 16.18, ao dizer: sobre esta pedra edificarei a minha igreja?¹ Assim a igreja desenvolveu-se no espírito missionário, mormente com o Apostolo Paulo suas viagens, onde fundou a igreja e consagrou vários presbíteros que ficaram pastoreando as recém fundadas igrejas. Com o Cristianismo em crescimento foram surgindo novos personagens, e uma vez que os apóstolos foram morrendo, alguns sofreram martírio, outros nada se sabe sobre suas mortes, ficando a direção da igreja para os chamados Pais Apostólicos como Clemente de Roma, Inácio, Policarpo, Papias, que continuaram as obras doa apóstolo.

Igreja de Jesus sempre enfrentou problemas os mais diversos, mais dois destes, chamaram mais atenção aos lideres espirituais da época, que foram as perseguições e as heresias, podemos até chama-los de problemas externos e internos. Tendo que lutar para sobreviver ante as mais terríveis perseguições primeiro por parte dos Judeus, depois do Império Romano, ordenado por Imperadores cruéis e assassinos excêntrico e não bastasse isso ainda havia o problema com as heresias, do qual os Cristãos sinceros tinha que lutar, para assim levarem avante um Cristianismo puro e singular. Foi nesse contexto histórico que omarcionismo surgiu e que juntamente com tantos outros, causaram vários transtornos a Igreja de Cristo.fontehttp://poderemajestade.blogspot.com.br/

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