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quarta-feira, 6 de abril de 2011

NOMES E SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO - LIÇÃO 2

 
 
TEXTO ÁUREO
"E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, eis que se lhe abriram os céus, viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba vindo sobre ele" (Mt 3.16).
 
 
VERDADE PRÁTICA
A pluralidade dos nomes e símbolos do ESPÍRITO SANTO revela sua divindade, obra e ministério na vida da Igreja de CRISTO.
 
 
Jo 16.13 - O ESPÍRITO SANTO guia-nos em toda a verdade
Jo 16.8 - O ESPÍRITO SANTO convence do pecado
Jo 14.26 - O ESPÍRITO SANTO nos ensina todas as coisas I
Rm 8.26 - O ESPÍRITO SANTO intercede por nós
At 1.8 - O ESPÍRITO SANTO confere poder para testemunhar
Rm 8.14 - O ESPÍRITO SANTO guia os filhos de DEUS
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 1.29-33; Romanos 8.9-11,14,15
João 1
29 No dia seguinte, João viu a JESUS, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo. 30 Este é aquele do qual eu disse: após mim vem um homem que foi antes de mim, porque já era primeiro do que eu. 31 E eu não o conhecia, mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água. 32 -E João testificou, dizendo: Eu vi o ESPÍRITO descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele.
33 E eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer ESPÍRITO e sobre ele repousar, esse é o que batiza com ESPÍRITO SANTO.
1.29 O CORDEIRO DE DEUS. JESUS é o Cordeiro provido por DEUS para ser sacrificado em lugar dos pecadores (cf. Êx 12.3-17; Is 53.7). Pela sua morte, JESUS fez plena provisão para a remoção da culpa e do poder do pecado e abriu o caminho para DEUS a todos neste mundo.
1.33 BATIZA COM O ESPÍRITO SANTO. A palavra "com" é uma tradução da preposição grega en e pode ser traduzida "por", "com" ou "em". Por isso, uma tradução alternativa seria "o que batiza no ESPÍRITO SANTO", assim como "batizar com água" pode ser melhor traduzido "batizar em água". Todos os evangelhos enfatizam que JESUS é "o que batiza com [em] o ESPÍRITO SANTO" (1.33; Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16). Este batismo seria o sinal e a marca dinâmica dos seguidores de JESUS. O ESPÍRITO SANTO seria derramado sobre eles a fim de poderem levar a efeito sua obra salvífica em todo o mundo (cf. At 1.8). O propósito de JESUS nesta dispensação é continuar batizando no ESPÍRITO (ver Mt 3.11; At 2.39).
 
Romanos 8
9 - Vós, porém, não estais na carne, mas no ESPÍRITO, se é que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós. Mas, se alguém não tem o ESPÍRITO de CRISTO, esse tal não é dele. 10 - E, se CRISTO está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. 11 E, se ESPÍRITO daquele que dos mortos ressuscitou a JESUS habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a CRISTO também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu ESPÍRITO que em vós habita. 14 - Porque todos os que são guiados pelo ESPÍRITO de DEUS, esses são filhos de DEUS. 15 Porque não recebestes espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
8.5-14 SEGUNDO A CARNE... SEGUNDO O ESPÍRITO. Paulo descreve duas classes de pessoas: as que vivem segundo a carne e as que vivem segundo o ESPÍRITO.
(1) Viver "segundo a carne" ("carne", aqui, é o elemento pecaminoso da natureza humana) é desejar e satisfazer os desejos corrompidos da natureza humana pecaminosa; ter prazer e ocupar-se com eles. Trata-se não somente da fornicação, do adultério, do ódio, da ambição egoísta, de crises de raiva, etc. (ver Gl 5.19-21), mas também da obscenidade, de ser viciado em pornografia e em drogas, do prazer mental e emocional em cenas de sexo, em peças teatrais, livros, vídeo, cinema e assim por diante.
(2) Viver "segundo o ESPÍRITO" é buscar a orientação e a capacitação do ESPÍRITO SANTO e submeter-nos a elas e concentrar nossa atenção nas coisas de DEUS. É estar sempre consciente de que estamos na presença de DEUS, e nEle confiarmos para que nos assista e nos conceda a graça de que carecemos para que a sua vontade se realize em nós e através de nós.
(3) É impossível obedecer à carne e ao ESPÍRITO ao mesmo tempo (vv. 7,8; Gl 5.17,18). Se alguém deixa de resistir, pelo poder do ESPÍRITO SANTO, a seus desejos pecaminosos e, pelo contrário, passa a viver segundo a carne (v.13), torna-se inimigo de DEUS (8.7; Tg 4.4), e a morte espiritual e eterna o aguarda (v.13). Aqueles cujo amor e solicitude estão prioritariamente fixados nas coisas de DEUS, podem esperar a vida eterna e a comunhão com Ele (vv. 10,11,15,16)
8.9 SE... O ESPÍRITO DE DEUS HABITA EM VÓS. Todo crente, desde o momento em que aceita JESUS CRISTO como Senhor e Salvador, tem o ESPÍRITO SANTO habitando nele (v. 9; cf. 1 Co 3.16; 6.19,20; Ef 1.13,14)
8.10 O CORPO... ESTÁ MORTO POR CAUSA DO PECADO. O pecado invadiu o elemento físico do nosso ser; daí o nosso corpo ter que morrer, ou ser transformado (cf. 1 Co 15.50-54; 1 Ts 4.13-17). Mas, porque CRISTO está em nós, experimentamos agora a vida do ESPÍRITO.

8.14 ESSES SÃO FILHOS DE DEUS. Aqui, Paulo mostra a base da certeza da salvação. Se estamos fielmente mortificando as ações pecaminosas do corpo (v. 13), estamos sendo guiados pelo ESPÍRITO. Todos os que são guiados pelo ESPÍRITO são filhos de DEUS.
8.14 GUIADOS PELO ESPÍRITO DE DEUS. O ESPÍRITO SANTO habita no crente como filho de DEUS, a fim de levá-lo a pensar, falar e agir de conformidade com a Palavra de DEUS.
(1) Ele orienta o crente, principalmente, por impulsos que:
(a) são exortações interiores para o crente cumprir a vontade de DEUS e mortificar as obras pecaminosas do corpo (v. 13; Fp 2.13; Tt 2.11,12);
(b) estão sempre em harmonia com as Escrituras (1 Co 2.12,13; cf. 2 Pe 1.20,21);
(c) visam a dar orientação na vida (Lc 4.1; At 10.19,20; 16.6,7);
(d) opõem-se aos desejos pecaminosos oriundos das tendências naturais do crente (Gl 5.17,18; 1 Pe 2.11);
(e) têm a ver com a culpa do pecado, o padrão da justiça de CRISTO e o juízo divino contra o mal (Jo 16.8-11);
(f) exortam o crente a perseverar na fé e o advertem contra a apostasia da sua fé em CRISTO (v.13; Hb 3.7-14);
(g) enfraquecem à medida que o crente deixa de obedecer aos apelos do ESPÍRITO (1.28; Ef 4.17-19,30,31; 1 Ts 5.19);
(h) resultam em morte espiritual quando rejeitados (vv. 6,13); e
(i) resultam em vida espiritual e em paz quando obedecidos (vv. 6,10,11,13; Gl 5.22,23).
(2) Os avisos ou a voz interior do ESPÍRITO vêm através de:
(a) ler a Palavra de DEUS (Jo 14.26; 15.7,26; 16.13; 2 Tm 3.16,17);
(b) orar fervorosamente, principalmente em línguas (8.26; At 13.2,3; 1 Co 14);
(c) ouvir a pregação e ensino sadios e santos (2 Tm 4.1,2; Hb 13.7,17);
(d) exercitar as manifestações do ESPÍRITO (ver 1 Co 12.7-10; 14.6); e
(e) acatar os conselhos de pais cristãos e de líderes espirituais fidedignos (Ef 6.1; Cl 3.20).
8.15 ABA, PAI. Ver Gl 4.6 - O ESPÍRITO... QUE CLAMA: ABA, PAI. Uma das tarefas do ESPÍRITO SANTO é criar no filho de DEUS a convicção da filiação e de amor filial que o leva a conhecer a DEUS como Pai.
(1) O termo "Aba" é aramaico e significa "Pai". Era a palavra que JESUS empregava quando se referia ao Pai celestial. A combinação da palavra aramaica Abba com a palavra grega que significa "Pai" (gr. pater), expressa a grande intimidade, a profunda emoção, o anelo, o afeto e a confiança mediante os quais o ESPÍRITO SANTO nos leva a clamar a DEUS (cf. Mc 14.36; Rm 8.15,26,27). Dois sinais determinantes da obra do ESPÍRITO dentro de nós são o nosso apelo espontâneo a DEUS como "Pai" e a nossa obediência espontânea a JESUS como "Senhor" (ver 1 Co 12.3).
(2) Nesta passagem, Paulo teria em mente, sobretudo, o batismo no ESPÍRITO SANTO e sua plenitude contínua (cf. At 1.5; 2.4; Ef 5.18), pois define nossa filiação com DEUS como a causa do envio do ESPÍRITO a nós por já sermos "filhos" pela fé em CRISTO. E DEUS derrama o ESPÍRITO em nossos corações! A "adoção de filhos" (v. 5) precede o envio do ESPÍRITO do Filho de DEUS (ver 3.5).
 
SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO (CPAD)
Os símbolos oferecem quadros concretos de coisas abstratas, tais como a terceira Pessoa da Trindade. Os símbolos do ESPÍRITO SANTO também são arquétipos. Em literatura, arquétipo é uma personagem, tema ou símbolo comum a várias culturas e épocas. Em todos os lugares, o vento representa forças poderosas, porém invisíveis; a água límpida que flui representa o poder e refrigério sustentador da vida a todos os que têm sede, física ou espiritual; o fogo representa uma força purificadora (como na purificação de minérios) ou destruidora (freqüentemente citada no juízo). Tais símbolos representam realidades intangíveis, porém genuínas.
 
Vento. A palavra hebraica ruach tem amplo alcance semântico. Pode significar "sopro", "espírito" ou "vento", É empregada em paralelo com nephesh. O significado básico de nephesh é "ser vivente", ou seja, tudo que tem fôlego. A partir daí, seu alcance semântico desenvolve-se ao ponto de referir-se a quase todos os aspectos emocionais e espirituais do ser humano vivente. Ruach adota parte do alcance semântico de nephesh. Por isso, em Ezequiel 37.5-10, achamos ruach traduzido como "espírito", ao passo que, em 37.14, Yahweh explica que porá em Israel o seu ESPÍRITO.
A palavra grega pneuma tem um alcance semântico quase idêntico ao de ruach. O vento, como símbolo, fala da natureza invisível do ESPÍRITO SANTO, conforme revela João 3.8. Podemos ver e sentir os efeitos do vento, mas ele próprio não é visto. Atos 2.2 emprega poderosamente o vento como figura de linguagem, para descrever a vinda do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste (Podemos ver a ação do ESPÍRITO SANTO, mas não podemos vê-lo).
Água. A água, assim como o fôlego, é necessária ao sustento da vida. JESUS  prometeu rios de água viva, "e isso disse ele do ESPÍRITO" (Jo 7.39). O fôlego e a água, tão vitais na hierarquia das necessidades físicas humanas, são igualmente vitais no âmbito do ESPÍRITO. Sem o fôlego vivificante e as águas vivas do ESPÍRITO SANTO, nossa vida espiritual não demoraria a murchar e a ficar sufocada. A pessoa que se deleita na Lei (heb. torah - "instrução") de Yahweh e nela medita de dia e de noite é "como a árvore plantada junta a ribeiros de águas... cujas folhas não caem" (SI 1.3). O ESPÍRITO da Verdade flui da Palavra como águas vivas, que sustentam e refrigeram o crente e o revestem de poder (Uma cachoeira - água em movimento - produz energia elétrica que ilumina toda uma cidade).
Fogo. O aspecto purificador do fogo é refletido claramente em Atos 2. Ao passo que uma brasa tirada do altar purifica os lábios de Isaías (6.6,7), no dia de Pentecoste são "línguas de fogo" que marcam a vinda do ESPÍRITO (At 2.3). Esse símbolo é empregado uma só vez para retratar o batismo no ESPÍRITO SANTO. O aspecto mais amplo do fogo como elemento purificador encontra-se no pronunciamento - ou profecia - de João Batista: "Ele vos batizará com o ESPÍRITO SANTO e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará" (Mt 3. 11, 12; ver também Lc 3.16,17).
As palavras de João Batista aplicam-se mais diretamente à separação entre o povo de DEUS e os que têm rejeitado a Ele e ao Messias. Os que o rejeitaram serão condenados ao fogo do juízo.15 Por outro lado, o fogo ardente e purificador do ESPÍRITO da Santidade também opera no crente (1 T s 5.19). (O fogo aqui pode significar o dom do ESPÍRITO que muitas vezes vem junto com o batismo em si)
Óleo. Pedro, em seu sermão diante de Cornélio, declara: "DEUS ungiu a JESUS  de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e com virtude" (At 10.38). Citando Isaías 61.1,2, JESUS  proclama: "O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres" (Lc 4.18). Desde os primórdios, o azeite é usado primeiramente para ungir os sacerdotes de Yahweh, e depois, os reis e os profetas. O azeite é o símbolo da consagração divina do crente para o serviço no reino de DEUS. Em 1 João, os crentes são advertidos a respeito dos anticristos:
E vós tendes a unção do SANTO e sabeis tudo... E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis (1 Jo 2.20,27).
(A unção com óleo sobre os enfermos traz uma ação curadora do ESPÍRITO SANTO).
Receber a unção do ESPÍRITO da Verdade, que faz brotar rios de águas vivas no mais íntimo do nosso ser, reveste-nos de poder para servir a DEUS. Na simbologia do ESPÍRITO SANTO, a água e o óleo (azeite da unção) realmente se misturam!
Pomba. O ESPÍRITO SANTO desceu sobre JESUS na forma de uma pomba, segundo o relato dos quatro evangelhos.16 A pomba é arquétipo da mansidão e da paz. O ESPÍRITO SANTO habita em nós. Ele não toma posse de nós, mas nos liga a si mesmo com amor, em contraste às correntes dos hábitos pecaminosos. Ele é manso e, nas tempestades da vida, produz paz. Mesmo ao lidar com os pecadores, Ele é suave, conforme se vê quando conclama a humanidade à vida, no belo, porém tristonho, apelo que se encontra em Ezequiel 18.30-32: "Vinde e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniqüidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós um coração novo e um espírito novo, pois por que razão morreríeis...? Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová convertei-vos, pois, e vivei".
 
Os títulos e símbolos do ESPÍRITO SANTO são chaves para o entendimento de sua obra em nosso favor. Vamos usá-Ias como palavras chaves no estudo da obra do ESPÍRITO SANTO.
 
 
Nomes e Títulos do ESPÍRITO SANTO (SILVA, S. P. da. A Existência e a Pessoa do ESPÍRITO SANTO. Rio de Janeiro, CPAD)
 
I - Seus Nomes e Títulos
Vários nomes e títulos são dados ao ESPÍRITO SANTO nas Escrituras, que descrevem a natureza profunda do seu Ser. O nome traduz a natureza do ser que o carrega. O título expressa sua fama e reputação.
Além dos nomes e títulos conferidos ao ESPÍRITO SANTO são também usados pronomes pessoais, para que a imaginação humana possa concebê-lo como realmente é.
Os escritores do Antigo e do Novo Testamento e milhões de outras testemunhas afirmam a existência real do ESPÍRITO SANTO, como sendo de fato uma Pessoa.
É impossível que milhões de pessoas tenham combinado mentir por uma extensão de séculos. Todas elas, desde os mais remotos tempos, têm afirmado a mesma coisa: o ESPÍRITO SANTO existe, e é uma Pessoa real. Com efeito, fosse Ele uma simples influência, sopro ou vento, os milhões de depoimentos se teriam desfeito em contradições.
Ele é, como já vimos, a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Em toda a extensão do Novo Testamento, que marca exatamente a era do ESPÍRITO em sua plenitude, faz-se alusão a Ele em termos coloquiais, como "esse" (e não isso) e "aquele" (e não aquilo).
Os pronomes e apelativos são largamente usados para descrever sua existência e personalidade:
EU - "E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o ESPÍRITO SANTO: Eis que três varões te buscam. Levanta-te pois, e desce, e vai com ele, não duvidando; porque eu os enviei" (At 10.19,20).
ELE - "E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo" (Jo 16.8).
AQUELE - "Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (Jo 14.26).
OUTRO - "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (Jo 14.16).
ESSE - "O ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas" (Jo 14.26).
 
Cada nome ou título do ESPÍRITO SANTO descreve a natureza de sua existência e caráter.
Alguns destes nomes e títulos descrevem a sua natureza propriamente dita; outros, a sua obra; outros ainda, sua manifestação.
O ESPÍRITO (simplesmente) - "Mas DEUS no-las revelou pelo seu ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as profundezas de DEUS" (1 Co 2.10).
O ESPÍRITO DE DEUS - "E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2).
O ESPÍRITO DO DEUS VIVO - "Porque já é manifestado que vós sois a carta de CRISTO, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o ESPÍRITO do DEUS Vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração" (2 Co 3.3).
O ESPÍRITO DO SENHOR DEUS - "O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos: enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos" (Is 61.1).
 
O ESPÍRITO DO SENHOR - "E, quando saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe, e não viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho" (At 8.39).
O ESPÍRITO DE VOSSO PAI - "Porque não sois vós quem falará, mas o ESPÍRITO de vosso Pai é quem fala em vós" (Mt 10.20).
 
O ESPÍRITO DE CRISTO - "Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o ESPÍRITO de CRISTO, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a CRISTO haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir" (1 Pe 1.11).
 
O ESPÍRITO DE JESUS CRISTO - "Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do ESPÍRITO de JESUS CRISTO, segundo a minha intensa expectação e esperança..." (Fl 1.19,20).
 
O ESPÍRITO DE JESUS - "E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o ESPÍRITO de JESUS não lho permitiu" (At 16.7).
 
O ESPÍRITO DE SEU FILHO - "E, porque sois filhos, DEUS enviou aos nossos corações o ESPÍRITO de seu Filho, que clama: Aba, Pai" (Gl 4.6).
 
O ESPÍRITO DE ARDOR - "Quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião, e limpar o sangue de Jerusalém do meio dela, com... o ESPÍRITO de ardor... e haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia" (Is 4.4,5).
 
O ESPÍRITO DE SÚPLICAS - "E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o ESPÍRITO... de súplicas..." (Zc 12.10).
 
O ESPÍRITO DE ADOÇÃO - "Porque não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o ESPÍRITO de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai" (Rm 8.15).
 
O ESPÍRITO DA PROMESSA - "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, foste selado com o ESPÍRITO da promessa; o qual é o penhor da vossa herança..." (Ef 1.13,14).
 
O ESPÍRITO DE VIDA - "Porque a lei do ESPÍRITO de vida, em CRISTO JESUS, me livrou da lei do pecado e da morte" (Rm 8.2).
 
O ESPÍRITO DE VERDADE - "Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele ESPÍRITO de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim" (Jo 15.26).
 
O ESPÍRITO DA GRAÇA - "De quanto maior castigo cuidais vos será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de DEUS, e tiver por profano o sangue do testamento, como foi santificado, e fizer agravo ao ESPÍRITO da graça?" (Hb 10.29).
 
O ESPÍRITO DA GLÓRIA - "Se pelo nome de CRISTO sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o ESPÍRITO da glória de DEUS" (1 Pe 4.14).
 
O ESPÍRITO DE REVELAÇÃO - "Para que o DEUS de nosso Senhor JESUS CRISTO, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o ESPÍRITO... de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento..." (Ef 1.17,18).
 
O ESPÍRITO ETERNO - "Quanto mais o sangue de CRISTO, que pelo ESPÍRITO eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a DEUS, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao DEUS vivo" (Hb 9.14).
 
O ESPÍRITO DE SANTIFICAÇÃO - "Declarado Filho de DEUS em poder, segundo o ESPÍRITO de santificação, pela ressurreição dos mortos, JESUS CRISTO Nosso Senhor" (Rm 1.4).
 
O ESPÍRITO SANTO - "Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (Jo 14.26).
 
 
Em Lucas 11.20, o ESPÍRITO SANTO é chamado de O DEDO DE DEUS; em Atos 5.4, de DEUS; em Apocalipse 19.10, de ESPÍRITO DE PROFECIA. Em Isaías 11.2, Ele é apresentado em sua plenitude, septiforme:
 
1- O ESPÍRITO DO SENHOR
2- O ESPÍRITO DE SABEDORIA
3- O ESPÍRITO DE INTELIGÊNCIA
4- O ESPÍRITO DE CONSELHO
5- O ESPÍRITO DE FORTALEZA
6- O ESPÍRITO DE CONHECIMENTO
7- O ESPÍRITO DE TEMOR DO SENHOR
 
Se o ESPÍRITO SANTO não fosse de fato uma pessoa, como se dariam tantos nomes a Ele? A razão natural e as luzes da fé afirmam que Ele existe!
 
II - Nomes que o Identificam com a Trindade
Já observamos que o nome é dado para denotar a natureza profunda do ser que o carrega. Assim, a criatura somente era conhecida depois que se lhe dava o nome (Gn 2.19). No caso do ESPÍRITO SANTO, encontramos vários nomes, como acabamos de expor. Entretanto, há três nomes principais que o identificam diretamente com a Santíssima Trindade e as dimensões universais da existência:
 
ESPÍRITO DE DEUS
ESPÍRITO DE CRISTO
ESPÍRITO SANTO
 
1. O ESPÍRITO de DEUS
Encontramos este nome divino no início da Bíblia, associado diretamente à obra da criação, onde nos é dito que "o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2). Ele aparece como co-participante, a "pairar" sobre o caos das águas do oceano primitivo, quando tudo ainda estava mergulhado em escuridão e total desordem.
Em outras passagens das Escrituras, aparece também este nome, ligado diretamente à criação, à renovação da terra e à regeneração da pessoa humana (Gn 6.3; 41.38; Jo 33.4; Ez 11.24; Rm 8.9; 1 Co 3.16 etc...). Em Jó 33.4, Eliú, um sábio oriental, associa-o à criação do homem: "O ESPÍRITO de DEUS me fez; e a inspiração do Todo-poderoso me deu vida". Em Salmos 104.30, liga-se à criação inteira: "Envias o teu ESPÍRITO, e são criados, e assim renovas a face da terra". No tocante à regeneração da pessoa humana, Ele é citado em vários elementos doutrinários das Escrituras, sempre produzindo uma "nova criatura" para CRISTO e seu Reino (Rm 8.2). A vida do próprio JESUS, no ventre da virgem, foi um ato miraculoso de seu poder (Mt 1.20; Lc 1.35).
 
2. O ESPÍRITO de CRISTO
Este nome está relacionado à obra da redenção, que CRISTO realizou por amor de nós. Desde os tempos mais remotos, o ESPÍRITO SANTO vinha "testificando os sofrimentos que a CRISTO haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir" (1 Pe 1.11). Esta é uma das razões por que Ele é chamado O ESPÍRITO DE CRISTO. Ele acompanhou todos os passos, atos e palavras de CRISTO em sua missão divina a favor dos homens.
 
3. O ESPÍRITO SANTO
Este nome está diretamente relacionado à santificação das coisas e dos seres. Tudo se santifica ou é santificado pela atuação gloriosa do ESPÍRITO SANTO. Até a evidência central da ressurreição de CRISTO aconteceu "segundo o ESPÍRITO de santificação" (Rm 1.4). Esta é, portanto, a natureza do seu Ser e a extensão de sua obra santificadora.
Ao abrirmos o Novo Testamento, encontramos o ESPÍRITO SANTO imediatamente com este nome, e daí por diante em cada seção tópica ou celestial.
 
a. Como ESPÍRITO DE DEUSRepresentando a onipotência de DEUS, que tudo criou e tudo pode fazer.
 
b. Como ESPÍRITO DE CRISTORepresentando a onisciência de DEUS que, com antecedência de séculos, planejou toda a obra da redenção.
 
c. Como ESPÍRITO SANTORepresentando a onipresença do DEUS SANTO, que faz da santidade a condição moral necessária presente em todo o Universo.
 
 
III - Títulos do ESPÍRITO SANTO
Já falamos sobre os nomes do ESPÍRITO SANTO; agora, veremos alguns de seus títulos associados, evidentemente, à sua fama e reputação.
1. O Consolador
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador..." (Jo 14.16). Há um testemunho gramatical que deve ser mencionado aqui: o uso do substantivo masculino "paracleto", empregado por CRISTO ao referir-se ao ESPÍRITO SANTO.
O próprio JESUS, durante sua vida terrena, era o Consolador dos seus discípulos, e os consolou quando estaca prestes a deixá-los, prometendo-lhes "outro Consolador" (paracleto). Tudo o que JESUS fora para os discípulos, o outro Consolador haveria de ser. Portanto, o ESPÍRITO SANTO seria uma Pessoa substituindo outra.
A palavra parakletos é antiga, usada no grego clássico, como nos escritos de Demóstenes, onde aparece com o sentido de "advogado" - alguém que pleiteia a causa de outrem -, sentido este que passou para o grego helenista, nos escritos de Josefo, historiador judaico do primeiro século de nossa era, e de Filo e igualmente aos papiros dos tempos dos apóstolos.
O termo deriva dos vocábulos gregos para ("para o lado de") e kaleo ("chamar", "convocar"), dando o sentido geral de "alguém chamado para ajudar ao lado de outrem".
Afirma-se que, nos tribunais romanos e gregos, os advogados que assistiam os amigos o faziam não pela recompensa ou remuneração, mas por amor e consideração, ajudando com sábios conselhos.
A palavra traduzida por "ajuda" é extremamente significativa. É formada por três palavras gregas - duas preposições e uma raiz verbal. Uma das preposições significa "com"; a outra, "do outro lado"; e a raiz verbal quer dizer "segurar". Assim, temos: "segurar do outro lado com".
"Em alguns momentos de provações, podemos ver alguém ao 'nosso lado' e até pensamos, mesmo por uma questão de temor e respeito, que este 'alguém' seja o Pai ou o Filho, ou até mesmo um anjo da corte celestial, sem lembrarmos que é o ESPÍRITO SANTO, ajudando-nos em nossas fraquezas".
 
2. O Guia espiritual
Este título é também conferido a nosso Senhor JESUS CRISTO (Mq 5.2; Mt 2.6). Aplicado ao ESPÍRITO SANTO, porém, está relacionado diretamente com sua missão orientadora em todos os sentidos da vida, especialmente quanto as verdades espirituais, nas quais a alma humana está fundamentada.
As pessoas, precisam de pontos de referência para sua orientação. Numa cidade, por exemplo, são pontos de referência praças, igrejas, edifícios, torres de comunicações etc. Também são pontos de referência paradas de ônibus, nomes das estações de trem e metrô e de lugares.
Todos esses meios indicam direções seguras e exatas, em qualquer lugar da Terra ou mesmo do Universo, especialmente naquelas dimensões que o homem pode atingir. Para isso foram criados os pontos universais de referência - os pontos cardeais, determinados com base no movimento do Sol (Igor).
Para DEUS, entretanto, o conceito de orientação é bem mais amplo e valioso. E Ele, em sua infinita sabedoria, entregou esta grande missão a seu Filho, JESUS CRISTO. Porém, com seu regresso ao Pai, confiou-se a tarefa ao ESPÍRITO SANTO. Este título, mesmo sendo uma derivação de "Consolador", possui algumas significações especiais. Está ligado diretamente a uma promessa de JESUS a seus discípulos: "Ele [o ESPÍRITO] vos guiará em toda a verdade..."
A promessa foi confirmada logo após a ressurreição de nosso Senhor. O ESPÍRITOacompanhava a Igreja passo a passo. Paulo diz que os cristãos são guiados pelo ESPÍRITO: "Porque todos os que são guiados pelo ESPÍRITO DE DEUS, esses são filhos de DEUS" (Rm 8.14); em Gaiatas 5.18, o apóstolo acrescenta: "Se sois guiados pelo ESPÍRITO, não estais debaixo da lei". Ora, sem dúvida isto significa que quem é "guiado pelo espírito de DEUS" sabe de onde veio, onde se encontra e para onde está caminhando. Porque o ESPÍRITO SANTO o "guiará em toda a verdade".
 
3. O dedo de DEUS
Este título surgiu como uma expressão idiomática dos magos egípcios, talvez Janes e Jambres (2 Tm 3.8). Eles disseram a Faraó, quando fracassaram na reprodução da praga dos piolhos: "Isto é o dedo de DEUS..." (Êx 8.19). No entanto, a expressão alcançou significado especial quando o Senhor argumentava com os escribas e fariseus sobre a atuação poderosa do ESPÍRITO DE DEUS em sua vida. JESUS demonstrou claramente a fonte do seu poder: "Mas, se eu expulso os demônios pelo ESPÍRITO DE DEUS, é conseguintemente chegado a vós o reino de DEUS". Na passagem paralela de Lucas 11.20, JESUS diz literalmente: "Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de DEUS, certamente a vós é chegado o reino de DEUS".
JESUS utiliza-se nesta última passagem de uma expressão lucana, usada no Antigo Testamento para demonstrar uma intervenção direta e poderosa do ESPÍRITO DE DEUS (cf. Êx 8.19; Dt9.10).
 
4. Outro
Este título, mencionado em João 14.16, significa "outro da mesma espécie". Segundo Dods, o termo grego aqui traduzido por "outro" é allon, e não heteron, e significa que o ESPÍRITO SANTO é outro ajudador, separado e distinto de CRISTO, embora da mesma "espécie", e não distinta ou separada de "ajudador". Ele é a continuidade do Senhor JESUS em nós, igual em poder e glória, embora sob manifestação diferente.
JESUS procura consolar os discípulos, mostrando-lhes que, apesar da separação que ocorreria em breve, Ele haveria de permanecer com eles para todo o sempre, porque o seu Representante legal desceria do Céu para estar no meio deles e com eles.
A palavra "paracleto" indica muito mais do que uma pessoa compassiva. Um verdadeiro paracleto acompanha intimamente em todos os momentos o que consola. Na qualidade de Paracleto, o ESPÍRITO SANTO está sempre disposto infundir poder, coragem, sabedoria e graça ao coração de cada salvo.
Alcançamos essa graça através da nossa comunhão com Ele. Razão pela qual o apóstolo Paulo a recomenda a todos os santos: "A comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com vós todos" (2 Co 13.13).
 
IV- Figuras e Símbolos do ESPÍRITO SANTO
Estas são as figuras e símbolos do ESPÍRITO SANTO nas Escrituras: ÁGUA CHUVA RIO ORVALHO VENTO ÓLEO UNÇÃO FOGO COLUNA PENHOR SELO VINHO POMBA
Evidentemente há outras, detectadas por inferência. Entretanto, estas são as mais usadas e conhecidas dos estudiosos da Bíblia.
 
Figuras e Símbolos
É importante estarmos familiarizados com a linguagem gramatical das Escrituras, tendo em vista a significação correta das palavras, a forma das frases e as particularidades idiomáticas da língua empregada.
De igual modo devemos conhecer o que cada figura representa, à luz do contexto lógico. A. linguagem figurada e certos símbolos empregados na Bíblia, quando bem apresentados, nos dão maior segurança, intensidade e beleza na interpretação.
As figuras de linguagem, também chamadas figuras de estilo, são recursos especiais de que se vale quem fala ou escreve, para comunicar-se com mais força, colorido, evidência e beleza.
DEUS também permitiu que certas figuras e símbolos fossem inseridos no cânon sagrado, para melhor compreensão de determinadas verdades espirituais. O ESPÍRITO SANTO é representado na Bíblia por muitas figuras e símbolos, conforme veremos a seguir.
 
 
 
 
1. Água
"Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu ESPÍRITO sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes" (Is 44.3).
A água encontra-se em três regiões do Universo:
   na expansão dos céus (Gn 1.6-10);
   sobre a face da terra (Gn 7.11);
   debaixo da terra (Jo 38.30).
Esta é uma figura real do ESPÍRITO SANTO - Ele opera nas três dimensões da constituição humana, produzindo a regeneração do espírito, da alma e do corpo (cf. 1 Ts 5.23). A operação miraculosa do ESPÍRITO no homem produz um tipo de "lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO" (Tt 3.5). Certamente era este o sentido das palavras do apóstolo Paulo, ao ensinar a igreja de Corinto sobre a atuação poderosa do ESPÍRITO: "Todos temos bebido de um ESPÍRITO" (1 Co 12.13). Uma outra figura, utilizada por JESUS, compara o ESPÍRITO SANTO a "rios de água viva". Em seu imortal discurso em Jerusalém, no último dia da festa, o Mestre convida: "Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do ESPÍRITO, que haviam de receber os que nele cressem..." (Jo 7.37-39).
O ato de beber do ESPÍRITO SANTO fala evidentemente de algo que mata a nossa sede espiritual. Alguns têm fome e sede de justiça (Mt 5.6); outros têm fome e sede de evangelizar os perdidos (Rm 15.19,20); outros ainda têm fome e sede de uma comunhão perfeita e permanente com o ESPÍRITO (Gl 5.25). O ESPÍRITO, como fonte perene, calma e cristalina, satisfaz toda e qualquer necessidade espiritual ou reverte o estado de sequidão em nossa vida. Ele é realmente a Água da vida, que "refrigera a nossa alma" nos desertos cálidos deste mundo injusto e cruel.
O cálice, neste caso, fala da comunhão entre o ESPÍRITO SANTO e o crente que se dispõe a seguir sua orientação. Pão e água são os dois elementos essenciais à sobrevivência humana. No campo espiritual isso é ainda mais evidente: CRISTO, o Pão da vida, satisfaz a nossa fome espiritual (Jo 6.35); o ESPÍRITO SANTO, a Água da vida, satisfaz a nossa sede espiritual (Ap 22.17).
 
2. Chuva
"E a elas [as ovelhas], e aos lugares ao redor do meu outeiro, eu porei por bênção; e farei descer a chuva a seu tempo: chuvas de bênção serão" (Ez 34.26). Tiago, o irmão do Senhor JESUS é autor da epístola que leva o seu nome, menciona "as primeiras chuvas e últimas chuvas", como sendo a "chuva temporã e serôdia", baseado na metáfora agrícola (Tg 5.7). O apóstolo sabia muito bem dessas chuvas, por experiência pessoal. Os lavradores palestinos esperavam o "precioso fruto da terra", aguardando as chuvas oportunas, tanto as primeiras (no hebraico, yoreh ou moreh) como as últimas (no hebraico, malhos).
Na Palestina, a estação chuvosa normalmente começa nos primeiros dias de outubro e muitas vezes se prolonga até janeiro, quando se transforma em neve. As primeiras chuvas provêem umidade à semente recém-plantada, para que possa germinar. Portanto, é sinal para a semeadura.
As últimas chuvas ocorrem em abril e maio, e são necessárias para que a semente amadureça. Este simbolismo, aplicado ao ESPÍRITO SANTO, fala da beneficência que Ele traz à Igreja como um todo e ao crente em particular. A chuva sempre foi retratada como sendo uma "bênção de DEUS", que traz alegria aos corações (At 14.17).
Na metáfora de Tiago, o simbolismo é perfeito: o ESPÍRITO SANTO desceu no dia de Pentecoste, preparando assim a terra para a grande semeadura da Palavra de DEUS. Depois, no decorrer dos séculos, as últimas chuvas, ou seja, suas manifestações contínuas neste mundo, especialmente onde a vontade de DEUS é aceita, têm produzido o amadurecimento e garantido uma safra de almas abundante (cf. Jo 4.35-38).
No final, aparece o "precioso fruto da terra" como o resultado satisfatório da chuva, da semeadura e da colheita.
   O "precioso fruto da terra" é a Igreja;
   O "lavrador" é DEUS. Assim interpretou JESUS: "Eu sou a videira verdadeira, meu Pai é o lavrador" (Jo 15.1);
   a "chuva temporã" é a descida do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste (At 2.1-4);
• a "chuva serôdia" refere-se a outras manifestações do ESPÍRITO: batizando os crentes e concedendo-lhes dons (At 8.15-17; 9.17; 10.44-46; 19.1-6; 1 Co 1.7; 12.1-11). E, na Igreja que se seguiu, a chuva do ESPÍRITO SANTO tem continuado e continuará até o dia do arrebatamento da Igreja por JESUS CRISTO (Mc 16.17 etc...).
 
3. Rio
"Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre" (Jo 7.38).
Logo no versículo seguinte, encontramos o significado destas palavras de JESUS: "Isto disse ele do ESPÍRITO, que haviam de receber os que nele cressem".
Este deve ser também o sentido de Salmos 46.4: "Há um rio [o ESPÍRITO] cujas correntes [os dons espirituais] alegram a cidade [Igreja] de DEUS, o santuário [coração] das moradas do Altíssimo".
Um rio pode surgir de uma fonte, de um lago ou do derramamento de geleiras. O lugar onde ele nasce é chamado de nascente ou cabeceira. A partir daí, o rio corre em direção a outro rio, a um lago ou mar, onde lança suas águas. O lugar onde o rio lança suas águas chama-se foz.
Chamamos curso ao caminho percorrido por um rio entre sua cabeceira e sua foz; o terreno sobre o qual as águas correm é denominado leito. As terras de um e outro lado do rio são as margens.
De acordo com historiadores judaicos, o último dia da festa dos Tabernáculos era denominado "Dia do Grande Hosana", porque se fazia um circuito, por sete vezes, em torno do altar, ao mesmo tempo que todos clamavam: "Hosana!"
Antes do dia final, um sacerdote trazia, em um vaso de ouro, água tirada do tanque de Siloé, e então, acompanhado por um cortejo jubiloso, seguia até o Templo. Despejava a água sobre o altar, juntamente com vinho, cerimônia esta acompanhada pelo cântico do Halel (Sl 113-118). Simbolicamente, segundo os rabinos, esta água mitigava a sede espiritual do povo.
JESUS, entretanto, mostrou àquela gente que sua missão era outorgar uma água eterna, que é o "derramar do ESPÍRITO SANTO em cada coração". A água anunciada por CRISTO não será tirada do Siloé nem levada ao Templo, porque cada crente será um templo do ESPÍRITO SANTO e uma fonte de vida; não meramente um único rio, mas rios, o que expressa, no pensamento geral da Bíblia, um derramamento do ESPÍRITO SANTO em sua plenitude (Jl 2.28; At 2.17,18; 10.45; Tt 3.5,6).
 
4. Orvalho
"Assim pois te dê DEUS do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto" (Gn 27.28).
Encontramos, no Antigo Testamento, cerca de 34 referências sobre o orvalho, como sendo um refrigério adicional à escassez das chuvas temporã e serôdia. Era necessário durante o período de estiagem, para revigoramento da erva e da relva (Dt 32.2). Tornou-se assim, um símbolo do ESPÍRITO SANTO, por cair gradualmente e, algumas vezes, de maneira imperceptível nos corações humanos. Onde cai o orvalho, ali DEUS ordena a bênção e a vida para sempre (Sl 133.3), trazendo prosperidade à alma sob a influência do ESPÍRITO SANTO, como gotas copiosas.
 
5. Vento
"O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO (Jo 3.8). Os ventos sempre trazem consigo as características dos lugares de onde vêm. Assim podemos descobrir, através de nosso sistema sensível, os ventos quentes e os frios, os úmidos e os secos. Para sabermos se estamos caminhando em direção a terra ou em direção ao mar, basta parar um pouco ao cair da noite e analisar a direção do vento.
Os ventos mais importantes para esse tipo de orientação são os alísios. Os ventos alísios são carregados de umidade, pois vêm dos oceanos. Pela madrugada, as brisas continentais (ventos que sopram da terra para o mar) tornam-se mais essenciais para orientação. Assim, é fácil saber se as brisas estão soprando para o mar ou para a terra.
A pressão depende da temperatura, e os ventos, dos diferentes níveis de pressão. Assim, de madrugada a terra está mais "fria" que a água, o que significa maior pressão atmosférica sobre a terra. Por isso, o vento sopra do continente para a água. À tarde, ou ao cair da noite, a água está menos quente que a terra, o que quer dizer maior pressão do ar sobre a água.
Assim o diz a ciência, e assim acontece com o soprar do ESPÍRITO SANTO em nossas vidas.
Se Ele sopra "suave", está indicando a direção traçada por DEUS a favor de seus filhos, numa rota onde a calma e a tranqüilidade nos esperam (cf. Gn 8.1).
Se Ele sopra "veemente e impetuoso", como no dia de Pentecoste, é sinal evidente de sua presença com manifestações de poder (At 2.1-4; Hb 2.4).
Se Ele sopra apenas com "gemidos inexprimíveis", está nos alertando de perigos iminentes (cf. Rm 8.26; Hb 3.7,8).
Esses movimentos do ESPÍRITO SANTO são completamente desconhecidos para o pecador. Por isso JESUS instruiu Nicodemos, um mestre do primeiro século de nossa era, acerca do "movimento" produzido pelo ESPÍRITO SANTO neste mundo.
Então o Mestre disse: "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes [Nicodemos é que não sabia] donde vem, nem para onde vai". Assim, Nicodemos não sabia também do movimento operado pelo ESPÍRITO SANTO, que produz a regeneração do homem, porque isso se "discerne espiritualmente" (Jo 3.8; 1 Co 2.14).
 
6. Óleo
"Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso, DEUS, o teu DEUS, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros" (Hb 1.9).
Na Bíblia, o azeite da unção era usado somente para consagração de pessoas de grande poder, tais como reis (1 Sm 10.1; 16.13), sacerdotes (Lv 8.30) e profetas (1 Rs 19.16; Is 61.1). Também eram ungidos com óleo os escudos dos ilustres guerreiros, numa demonstração de honra (2 Sm 1.21; Is 21.5).
O tabernáculo e seus móveis foram também ungidos (Êx 30.22-33), e os enfermos eram muitas vezes ungidos com azeite, para que sua fé aumentasse e seus pecados fossem perdoados (Mc 6.13; Tg 5.14,15). Mas parece que o óleo usado na unção dos enfermos não era o mesmo da "santa unção" (cf. Êx 30.31,32). Neste caso, a unção de homens e coisas não podia ser feita com qualquer tipo de óleo, e sim com um óleo especial chamado "azeite da santa unção" (Êx 30.31).
Metaforicamente, é chamado "óleo fresco" (Sl 92.10), "óleo precioso" (Sl 133.2), "excelente óleo" (Am 6.6), "óleo de alegria" (Sl 45.7). O óleo, portanto, tomado neste sentido simboliza o ESPÍRITO SANTO como "unção especial" para os salvos em CRISTO - que quer dizer também "ungido". Em Atos 10.38, o ESPÍRITO SANTO é retratado como aquEle que consagrou a CRISTO com este tipo de unção especial: "Como DEUS ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e com virtude; o qual andou fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque DEUS era com ele". E, em 1 Coríntios 1.21, Paulo afirma que quem nos capacitou para o desempenho de nossa missão foi DEUS. "O que nos ungiu é DEUS", disse o apóstolo. O ESPÍRITO SANTO, de fato, é a unção de DEUS em nossas vidas, tanto para aprender como para ensinar (Lc 4.18,19; 1 Jo 2.20,27). Sempre que alguém era ungido com óleo, as pessoas ao redor mantinham respeito e reverência. Era expressamente proibido por DEUS tocar em alguém que tivesse recebido a unção com óleo (2 Sm 1.21). O ESPÍRITO SANTO, portanto, torna-se nosso protetor, a garantia de que as forças do mal não nos tocarão.
 
7. Unção
"E vós tendes a unção do SANTO, e sabeis tudo... e a unção que vós recebestes dele, fica em vós..." (1 Jo 2.20,27).
Já tivemos a oportunidade de analisar o óleo como símbolo do ESPÍRITO SANTO. Agora, estudaremos este outro símbolo, que, evidentemente, alude à operação e influência do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes, ensinando as verdades mais profundas da Bíblia, ao mesmo tempo que dá a interpretação e significação de cada palavra nela inserida.
A unção desempenha grande papel na vida física das raças orientais, tal como o orvalho faz reviver a verdura das colinas. Assim também a influência curadora e suavizante do ESPÍRITO SANTO soprada sobre os filhos de DEUS, nos "guiando em toda a verdade" e ensinando "todas as coisas" concernentes a DEUS e sua Palavra".
 
8. Fogo
"E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o ESPÍRITO SANTO e com fogo" (Mt 3.11). O fogo é sinal da presença de DEUS.
As manifestações de DEUS algumas vezes faziam-se acompanhar pelo fogo (Êx 3.2; 13.21,22; 19.18; Dt 4.11), que tanto representa sua presença como sua glória (Ez 1.4,13), sua proteção (2 Rs 6.17), sua santidade (Dt4.24), seus juízos (Zc 13.9), sua ira (Is 66.15,16) e, finalmente, o ESPÍRITO SANTO (Mt 3.11; At 2.3; Ap 4.5).
No Antigo Testamento, a ordem divina era conservar o fogo aceso diuturnamente: "O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará" (Lv 6.13) - sinal evidente da presença de DEUS no meio do seu povo.
No Novo Testamento, a ordem divina é a mesma: "Não extingais o ESPÍRITO" (1 Ts 5.19). Numa outra tradução: "Não apagueis o ESPÍRITO". Em outras palavras, Paulo quer dizer que a chama do Pentecoste "deve arder em nossos corações todos os dias, até a consumação dos séculos". Fogo também pode significar batismo com o ESPÍRITO SANTO e recebimento de dons ao mesmo tempo, como no dia de pentecostes e em outras ocasiões quando recebiam o batismo e profetizavam.
 
9. Coluna
"E o Senhor ia diante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite" (Êx 13.21,22).
A coluna, seja como símbolo religioso, marco ou monumento, traz sempre a idéia de firmeza. Paulo, por exemplo, valeu-se dessa figura para representar a Igreja: "Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa; mas, se tardar, para que saibais como convém andar na casa de DEUS, que é a igreja de DEUS vivo, a coluna e a firmeza da verdade" (1 Tm 3.14,15).
Como símbolo do ESPÍRITO SANTO, a coluna fala da força espiritual mediante a qual a alma será eternamente abençoada, e, sendo de natureza divina como aquela que acompanhou o povo de DEUS no deserto, serve de proteção, iluminação e orientação. O ESPÍRITO SANTO é tudo isso e muito mais, com relação à Igreja. Ele foi posto por DEUS no edifício espiritual de CRISTO, que é sua Igreja, para segurança, ornamentação e beleza. A nuvem da glória de DEUS, em dado momento, quando Israel estava em extremo perigo, "se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles... e a nuvem era escuridade para aqueles, e para estes esclarecia a noite: de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro" (Êx 14.19,20). Podemos observar nesta passagem a ação imediata de DEUS, mudando de posição a coluna que guiava o seu povo, retirando a nuvem de "diante" deles e pondo-a "atrás" deles.
A manobra divina deu versatilidade à nuvem: "... era escuridade para aqueles [os egípcios], e para estes [os israelitas] esclarecia a noite". O ESPÍRITO SANTO também assumiu a posição de "divisor" da santidade que separa a Igreja do mundo, de tal maneira que durante toda a trajetória da Igreja nesta Terra, "não chegou um ao outro".
A coluna de nuvem acompanhou Israel através do deserto e um dia desapareceu na fronteira de Canaã, ao atingirem a margem oriental do Jordão. O povo foi, então, orientado a espalhar-se em volta da arca da aliança, num raio de 914 metros, para contemplar mais facilmente o símbolo guia da glória de DEUS flutuando nos ombros dos sacerdotes. Agora, o povo não seguia mais a coluna de nuvem (ela havia desaparecido!), e sim a arca da aliança do Senhor. Assim também acontecerá com o ESPÍRITO SANTO, no dia do arrebatamento da Igreja. Ele terá cumprido sua missão, entregando a Noiva nos braços de CRISTO - a Arca divina. CRISTO, então, a conduzirá à sala do banquete nupcial (Ct 2.4; Mt 25.6,10).
 
10. Penhor
"Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi DEUS, o qual nos deu também o penhor do ESPÍRITO" (2 Co 5.5).
O vocábulo "penhor", do grego arrabon, significa "primeira prestação", "depósito", "garantia". Indica o pagamento de parte do preço total da compra. Esta "primeira prestação" recebida é a regeneração. O valor total será complementado com os pagamentos intermediários - a santificação - e o pagamento final - a redenção do nosso corpo (cf. Rm 1.4; 8.23; Tt 3.5). O ESPÍRITO SANTO que, mediante a Palavra de DEUS e por todos os meios da graça, nos capacita a atingir a glória eterna, transformando-nos "de glória em glória na mesma imagem, como pelo ESPÍRITO do SENHOR" (2 Co 3.18), é evidentemente a nossa garantia.
 
11. Selo
"O qual também nos selou e deu o penhor do ESPÍRITO em nossos corações" (2 Co 1.22).
O uso mais comum do selo, na antigüidade, era na autenticação de documentos, cartas, títulos de propriedade e recibos de mercadoria ou dinheiro.
Após deixar a mensagem em escrita cuneiforme, o escriba pedia que o remetente e as testemunhas removessem de seus pescoços os próprios selos cilíndricos, que eram rolados sobre a argila ainda mole, servindo de assinatura. As leis romanas, por exemplo, somente aceitavam um testemunho se estivesse selado com "sete selos" e confirmado por "sete testemunhas".
Nas Escrituras, o selo traduz vários significados e aplicações:
 
GARANTIA (Gn 38.18)
JURAMENTO (Jr 22.24)
CONFIRMAÇÃO (Jo 6.27)
JUSTIÇA E FÉ (Rm 4.11)
AUTENTICIDADE (1 Co 9.2)
FUNDAMENTO (2 Tm 2.19)
SEGURANÇA (Mt 27.66; Ap 20.3)
IRREVOGABILIDADE (Et 8.8; Dn 6.17)
PROMESSA (Ef 1.13)
REDENÇÃO (Ef 4.30)
MISTÉRIO (Ap 5.1)
VIDA (Ap 7.2)
PRESERVAÇÃO (Ap 9.4)
 
O selo, como figura do ESPÍRITO, traduz para a Igreja todas as vantagens mencionadas acima e muito mais. O ESPÍRITO SANTO sela a Igreja (Ct 4.12), a lei do Senhor (Is 8.16), o coração (Ct 8.6), a visão e a profecia (Dn 9.24) e os crentes para o dia da redenção (2 Co 1.22; Ef 1.13; 4.30; 2 Tm 2.19). Fomos selados com o selo da promessa, que nos dá a garantia de pertencermos somente a DEUS.
 
12. Vinho
"E o vinho que alegra o coração do homem, e faz reluzir o seu rosto como o azeite, e pão que fortalece o seu coração" (Sl 104.15).
Esta figura do ESPÍRITO SANTO é pouco usada pelos escritores. Entretanto, sem dúvida alguma, também se reveste de significação especial.
Para o povo hebreu, o vinho e a vinha são usados para representar a prosperidade e a bênção. Possuir uma vinha próspera era sinal evidente do favor divino. Também era considerada uma dádiva de DEUS ao homem: "E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Açor, por porta de esperança: e ali cantará como no dia da mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito" (Os 2.15).
JESUS afirmou ser "a videira verdadeira", e comparou o Pai, Senhor dos homens e DEUS do Universo, a um proprietário de vinha (Jo 15.1). O fruto da vide, que é o vinho, ilustra a alegria que existe entre os salvos; o cálice fala da comunhão que temos, promovida pelo ESPÍRITO SANTO "derramado em nossos corações". Paulo cita-a como "a comunhão do ESPÍRITO SANTO" (2 Co 13.13).
No dia de Pentecoste, em Jerusalém, as pessoas de fora acharam que os discípulos estavam "cheios de vinho" (At 2.13). Pedro, então, explicou-lhes que aquilo era alegria do ESPÍRITO SANTO. Em outras palavras, eles não estavam embriagados com vinho, mas cheios do ESPÍRITO SANTO!
 
13. Pomba
"E o ESPÍRITO SANTO desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu que dizia: Tu és meu filho amado, em ti me tenho comprazido" (Lc 3.22).
Dificilmente tal simbolismo seria associado a João Batista. Ele era um profeta de grande poder. Sua mensagem produzia sempre o choro, e não o riso. Era mesmo uma mensagem de arrependimento. Suas palavras, de fato, faziam doer: víboras, pedras, machado, pá, fogo, deserto, ira, fuga etc.
De outro lado, porém, João Batista era meigo e cheio de compaixão. Era "cheio do ESPÍRITO SANTO, já desde o ventre de sua mãe" (Lc 1.15); entretanto, sobre ele repousava a unção divina em sua plenitude.
João Batista viu o ESPÍRITO descer do céu como pomba e pousar sobre JESUS (Jo 1.32). Manso, terno, puro e inofensivo como uma pomba: assim Ele é Como pomba, o ESPÍRITO SANTO pode ser assustado ou entristecido (Ef 4.30). E, como a pomba é o símbolo universal da paz, também o ESPÍRITO SANTO promove a paz nos corações dos homens.
Dizem os naturalistas que a pomba não tem fel. Assim também o ESPÍRITO SANTO - nEle não existe amargura!
Alguns intérpretes opinam que o ESPÍRITO foi representado na forma "corpórea" de uma pomba pelos seguintes motivos:
 
a. Sua ternura e apego ao homemQue mostra como DEUS encaminha pacientemente os homens à realização de sua potencialidade espiritual.
 
b. Sua gentilezaDEUS trata conosco de modo positivo e completo, embora com grande gentileza.
 
c. Seu vôo gentil e a ternura para com os filhotesO ESPÍRITO SANTO é benigno - sempre.
 
d. Pelas virtudes singulares que representaPor exemplo, a pureza e a inocência. Nos escritos judaicos, quando o ESPÍRITO SANTO aparece "pairando" sobre a face das águas é expressamente comparado a uma pomba. Simboliza a natureza calorosa e revivificadora da terceira Pessoa da Santíssima Trindade (Gn 1.2).
 
 
INTERAÇÃO - estudo analítico e sistemático da Bíblia Sagrada evidencia a centralidade da obra do ESPÍRITO SANTO como agente ativo de DEUS atuando na totalidade da criação (Rm 8.18-27).
Através dos títulos e símbolos do SANTO ESPÍRITO, as Escrituras Sagradas revelam a pluralidade de ação que a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade exerce na e através da Igreja. É preciso, porém, que não nos contentemos em apenas conhecê-Lo teoricamente. Precisamos buscar uma experiência real com ESPÍRITO SANTO de DEUS e valorizarmos devidamente a sua obra, pois Ele é o agente divino que inclui crente no Corpo de CRISTO e confirma a veracidade das Escrituras. Eis grande segredo de os cristãos entendermos a doutrina do ESPÍRITO SANTO.
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer a pluralidade dos nomes do ESPÍRITO SANTO.
Definir o que é símbolo bíblico.
Saber as representações simbólicas do ESPÍRITO SANTO.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, reproduza, conforme suas possibilidades, o esquema abaixo. O tópico I trata sobre a pluralidade dos nomes ou títulos do ESPÍRITO SANTO. Com o auxílio do esquema, introduza o assunto mostrando os aspectos da consolação, do ensino e da promessa do ESPÍRITO SANTO. Explique aos seus alunos que a atividade e intervenção do ESPÍRITO são para todos os que o buscam perseverantemente. Os verdadeiros discípulos de CRISTO serão ensinados, consolados e abençoados por sua promessa. Boa aula!
 
 
 
PALAVRA-CHAVE - Símbolo: Aquilo que, por princípio de analogia, representa ou substitui outra coisa.
 
RESUMO DA LIÇÃO 2 - NOMES E SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÃO
Por que este assunto é tão importante? Os nomes e símbolos do ESPÍRITO SANTO revelam seu caráter e obra.
Se quisermos aprender mais a respeito da fé pentecostal, precisamos conhecer melhor o caráter e o ministério do Consolador.
I. A PLURALIDADE DOS NOMES DO ESPÍRITO SANTO
1. Nomes do ESPÍRITO SANTO relacionados à Trindade.
2. O Consolador.
3. O ESPÍRITO da Verdade.
4. ESPÍRITO de Graça.
5. ESPÍRITO de Vida.
II. OS SÍMBOLOS BÍBLICOS
1. A Bíblia e os símbolos.
2. JESUS utilizou alguns símbolos.
III. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
1. Fogo (Lc 3.16).
2. Água, rio e chuva (Jo 7.37,38).
3. Selo (2 Co 1.21,22; Ef 1.13).
CONCLUSÃO
Mediante o estudo dos nomes e símbolos do ESPÍRITO SANTO, aprendemos mais sobre a sua obra e o seu caráter.
 
SINOPSE DO TÓPICO (1 )
O Consolador, o ESPÍRITO da Verdade, o ESPÍRITO de Graça e ESPÍRITO de Vida são expressões que denotam a pluralidade de nomes do ESPÍRITO SANTO no Texto Sagrado.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
o símbolo bíblico é uma figura cuja função é revelar uma verdade moral ou religiosa. Através do símbolo a verdade bíblica é ensinada de modo objetivo.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Os símbolos que representam da Pessoa do ESPÍRITO SANTO, como elementos da natureza, são: Fogo, Água, Rio e Chuva.
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico - O ESPÍRITO SANTO: A Mansidão de uma Pomba
"O ESPÍRITO SANTO desceu sobre JESUS na forma de uma pomba, segundo o relato dos quatro evangelhos. A pomba é arquétipo da mansidão e da paz. O ESPÍRITO SANTO habita em nós, mas nos liga a si mesmo com amor, em contraste às correntes dos hábitos pecaminosos. Ele é manso e, nas tempestades da vida, produz paz. Mesmo ao lidar com os pecadores, Ele é suave, conforme se vê quando conclama a humanidade à vida, no belo porém tristonho apelo que se encontra em Ezequiel 18.30-32: "Vinde e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniqüidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós um coração novo e um espírito novo; pois por que razão morreríeis...? Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová; convertei-vos, pois, e vivei .
Os títulos e símbolos do ESPÍRITO SANTO são chaves para o entendimento de sua obra em nosso favor" (HORTON, Stanley M. et aI.
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.389).
HORTON, Stanley M. et ai. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
Revista Ensinador Cristão CPAD, no 46, p. 37.
 
Subsídio Teológico
ESPÍRITO SANTO: O Consolador e o Penhor da Igreja
"Conforme observado no estudo dos títulos [nomes] do ESPÍRITO SANTO, eles nos oferecem chaves para entendermos a sua pessoa e obra. A obra do ESPÍRITO SANTO como Consolador inclui o seu papel como ESPÍRITO da Verdade que habita em nós 00 14.16; 15.26), como Ensinador de todas as coisas, como aquEle que nos faz lembrar tudo o que CRISTO tem dito (14.26), como aquEle que dará testemunho de CRISTO (15.26) e como aquEle que convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8). Não se pode subestimar a importância dessas tarefas. O ESPÍRITO SANTO, dentro em nós, começa a esclarecer as crenças incompletas e errôneas sobre DEUS, sua obra, seus propósitos, sua Palavra, o mundo, crenças estas que trazemos conosco ao iniciarmos nosso relacionamento com DEUS. Conforme as palavras de Paulo, é uma obra vitalícia, jamais completada neste lado da eternidade (1Co 13.12). Claro está que a obra do ESPÍRITO SANTO é mais que nos consolar em nossas tristezas; Ele também nos leva à vitória sobre o pecado e sobre a tristeza. O ESPÍRITO SANTO habita em nós para completar a transformação que iniciou no momento de nossa salvação. JESUS veio para nos salvar dos nossos pecados, e não dentro deles. Ele veio não somente para nos salvar do inferno no além. Veio também para nos salvar do inferno nesta vida terrestre - o inferno que criamos com os nossos pecados. JESUS trabalha para realizar essa obra por intermédio do ESPÍRITO SANTO.[...] É difícil sugerir que um dos títulos [nomes] ou propósitos do ESPÍRITO SANTO seja mais importante que outro. Tudo que o ESPÍRITO faz é vital para o Reino de DEUS. Há, no entanto, um propósito, uma função essencial do ESPÍRITO SANTO, sem a qual tudo quanto se tem dito a respeito dEle até agora não passa de palavras vazias: o ESPÍRITO SANTO é o penhor que garante nossa futura herança em CRISTO. Em quem [CRISTO] também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de DEUS, para louvor da sua glória (Ef 1. 13,14). Qual a garantia oferecida pela operação do ESPÍRITO em nossa vida e na vida da Igreja? Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de DEUS um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absolvido pela vida. Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi DEUS, o qual nos deu também o penhor do ESPÍRITO (2 Co 5.1-5, ver também 2 Co 1.22; Ef 4.30)" (HORTON, Stanley M. et aI. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.397,40l).FONTE A PAZ DOSENHOR