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sábado, 27 de setembro de 2014

3º Trim. 2014 - JUVENIS - Lição 13: Os dois construtores

3º Trim. 2014 - JUVENIS - Lição 13: Os dois construtores
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUVENIS – CPAD
3º Trimestre de 2011
TEMA: Lições práticas do Sermão do Monte
COMENTARISTA: Marcos Tuler


LIÇÃO 13   OS DOIS CONSTRUTORES

TEXTO BÍBLICO
 Mateus 7.24-27.

 

ENFOQUE BÍBLICO

 “Pelo que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido” (1 Pedro 2.6)

 

OBJETIVOS

Explicar o significado e aplicar a parábola dos dois construtores à realidade da nossa vida cristã.
Conscientizar os alunos sobre o perigo de firmarmos nossa vida espiritual na sabedoria e  obras humanas.
Destacar a importância de alicerçarmos nossa fé em Cristo.
Sugestão
§  Mencionar exemplos daqueles que adquiriram uma habitação (até em um elegante edifício) mas que, em dado momento, a construção ruiu, pois o seu fundamento era frágil, não feito com bom material.
§  Exemplificar com um barco, ou navio. No momento de uma tempestade é que se pode verificar, se ele realmente é capaz de navegar. Todas as decisões quanto à segurança devem ser feitas previamente, pois na hora da tormenta, não há tempo para colocar um equipamento desegurança, ou melhorar a estrutura da embarcação.
§  Dividir a classe em grupos: cada grupo escolherá as partes do Sermão que mais chamou sua atenção.
§  Promover uma leitura conjunta do “Sermão do Monte”.

 

INTRODUÇÃO

Na parte final do Seu Sermão, Jesus expõe à multidão  duas atitudes:  a daquele que se dispõe a segui-lO e a daquele que não tem compromisso com Ele.

 

OS DOIS FUNDAMENTOS

O Mestre menciona dois fundamento  ou alicerces: o primeiro é o da edificação sobre a rocha, o segundo é o da areia. Ou edificamos nossa casa na rocha ou sobre a areia, não  existe meio termo.
Jesus declarou: “E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos digo?” (Lc 6.46).

O Mestre chama a atenção para o significado de Ele ser “Senhor” em nossas vidas.. Não basta, não é suficiente dizer que Ele é o nosso Senhor. É necessário aliar as palavras à prática. Afirmar que Jesus é o Senhor significa levar a sério suas palavras, obedecer a seus mandamentos e tê-lO, de fato, como nosso Deus:  “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará  o outro” (Mt 6.24a). Se  Cristo não é nosso Senhor, outros poderão ser nossos senhores e guiar-nos pelo caminho errado. Se Ele é o nosso Senhor, Ele deve ser a nossa prioridade.

Para ilustrar o valor da obediência a Seus ensinos, Jesus fará uma notável comparação: “Qualquer que vem a mim, e ouve as minhas palavras e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante” (Lc 6.47). Muitos vêm a Cristo, recebem-nO como Salvador, mas depois não desejam ouvir e obedecer às palavras do Mestre. Devemos ter a Cristo como Salvador, Senhor e Mestre.
OBS:  “Notem-se as três palavras: ‘vem’, ‘ouve’ e ‘observa’. Devemos ir a Cristo, reconhecendo que é nosso Salvador. Devemos ouvir o que Ele diz, porque é nosso Mestre. Devemos observar a Sua palavra, porque é nosso Senhor. O ponto principal é a insensatez de não observar Seus preceitos, obedecer a Sua palavra, procurar fazer a Sua vontade” (Orlando BOYER.  Espada Cortante – Lucas: o Evangelho do Filho do Homem, pág. 98).  

Necessitamos de construirmos sobre um alicerce, um fundamento firme. A rocha é Cristo:  “Como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de  escândalo, e aquele que nela crê não será confundido”  (Rm 9.33).  Existem alguns que fazem muitas alegações para não servirem a Cristo; ainda há aqueles que apontam falhas nEle, motivos para não serem Seus discípulos, mas para aqueles que O seguem, que nEle crêem, Ele é a salvação (At 4.11). Quem escolher essa pedra como base de sua construção, não será confundido:  “Olharam para ele, e foram iluminados; e os seus rostos não ficarão confundidos”  (Sl 34.5).

 

O CONSTRUTOR PRUDENTE

Qual a nossa atitude diante da Palavra de Deus ensinada a nós? Que novo passo, que verdade bíblica deixamos de lado? Precisamos aplicar à nossa vida e à vida de nossos semelhantes cada ensinamento aprendido? Somos prudentes ou imprudentes? Não podemos ignorar os avisos das Escrituras:“Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos” (1 Co 10.11).

O construtor prudente em primeiro lugar não teve pressa. Reuniu os materiais necessários e de boa qualidade, afinal, a construção para ele era importante. Pouco a pouco, adquiriu seu material..
Em segundo lugar, a preocupação do construtor foi com a solidez da obra, a segurança da casa. Ele não se preocupou em que a casa fosse vistosa, tivesse apenas uma bela aparência.  O construtor não se interessou em impressionar as outras pessoas, em dar uma falsa impressão de segurança. Não, era necessário ter uma casa segura, diante da realidade a que a construção estaria submetida: a tempestade intensa:  “É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a rocha” (Lc 6.48a). Observemos: o construtor cavou bem fundo, colocando os alicerces sobre a rocha. Não fez apenas um trabalho na superfície.
  Em terceiro  lugar, ele não poupou esforços, trabalhou intensamente. O construtor não se distraiu: ele tinha um objetivo; não poderia considerar a opinião dos outros. O seu coração estava naquela edificação; esse era o seu tesouro. Todo dia pensava na obra a ser realizada: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”  (Mt 6.21).

Vamos aplicar a nossa vida com Deus. Nós temos em mente  uma construção espiritual. É preciso reunir os materiais, para que a construção seja bem feita especialmente diante de Deus. Isto significa a nossa vida para Deus.  Devemos construí-la sobre a  Rocha.. A rocha é Cristo. Temos de edificar a nossa casa sobre a rocha., ou seja ouvir os ensinamentos de Jesus e praticá-los:  “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24).

A Rocha, Cristo nos dá segurança. Infelizmente, muitos procuram outras rochas, mas só Ele é a Rocha verdadeira: “Porque a sua rocha  não é como a nossa Rocha”  (Dt 32.30a).
Construir sobre a rocha é se preocupar com o futuro, com a nossa vida espiritual, com os valores eternos, não desprezando os mandamentos do Mestre, mas obedecendo-os. O homem sensato teve de retirar toda a sujeira, todo o entulho, limpar a área a ser trabalhada, para que pudesse trabalhar em um bom fundamento: “Pelo que, rejeitando toda imundícia e acúmulo de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma. E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos”  (Tg 1.21-22).

 

O CONSTRUTOR INSENSATO

O construtor insensato não se preocupou com a qualidade do material: construiu a sua casa sobre a areia. Significa aquele que ouve as palavras deJesus, mas não as pratica: “E aquele
que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia”  (Mt 7.26).
O homem chamado de “insensato”  por Jesus não investiu tempo na sua construção. Talvez terminasse a sua obra antes do primeiro construtor. O insensato fez a sua obra de qualquer jeito, não pensou no futuro. Não se preparou para uma situação de emergência, para enfrentar uma calamidade, algo inesperado. Contou apenas com os bons momentos, como se estes fossem eternos aqui nesta vida; o homem foi imprudente. Sair-se bem na calamidade, é para quem edificou a sua casa na rocha.

Construir a sua casa na areia significa dar valores às coisas materiais, instáveis, àquilo que não permanece, que é facilmente levado por uma tempestade.
O homem não estava edificado sobre a Rocha, não seguiu os mandamentos de Jesus;  logo sofreria alguma tragédia. Ele ouviu, mas não se preveniu, empregando materiais sólidos. Preferiu fazer as coisas como bem entendesse, não obedecendo à Palavra de Deus.
O homem insensato que escolheu um fraquíssimo “fundamento”  para a sua construção, a  areia; simboliza aquele que não possui firmeza na Palavra, como a areia é levado de um lado para o outro ao menor vento. Qualquer pessoa sabe que a areia não é base, como pôde tal homem assim fazer? Ele simplesmente ignorou o que ouvira.
O homem insensato não teve tanto trabalho como o primeiro, não sofreu o calor do dia nem  o mau tempo. Gastou o seu tempo inutilmente e ainda o seu resultado foi trágico.

CONSTRUINDO ANTES DA TEMPESTADE
As duas construções estavam prontas. Faltava o teste final. Aparentemente, as duas estavam em boa condição. Quem olhasse de fora, quem entrasse na casa poderia admirar aquela estrutura, mas ignorava que a sua vida estava em perigo.
Antes da tormenta é que tem de serem estabelecidas as bases de uma construção. Não dá para serem efetuadas mudanças, quando se pressente um perigo.
Uma pequena chuva é suficiente para mostrar alguma goteira em uma casa, quanto mais uma forte tempestade!
Observamos em certos países como reforçam as suas casas, quando são informados da iminência de um terremoto. O reforço só é possível, se a base da edificação for  sólida.
A nossa casa espiritual necessita ser edificada com material resistente antes da prova.. Assim o profeta descreve Jesus: “E será aquele varão como um esconderijo contra o vento, e como um refúgio contra a tempestade, e como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta”  (Is 32.2).

Será que o construtor insensato dormia tranqüilo, sabendo que edificara a sua casa sobre a areia?
Um dia, Cristo virá buscar aqueles que estão firmados nEle: “Mas Cristo é fiel como Filho sobre a casa de Deus; e esta casa somos nós, se é que nos apegamos  firmemente à confiança e à esperança da qual nos gloriamos”  (Hb 3.6 – NVI).
Construir sobre a rocha é construir sobre a Palavra

Chega sobre cada pessoa a hora de atravessar um problema: o momento em que a sua fé,  princípios e resistência serão testados.
Todas as pessoas passam por dificuldades: mas é nesse momento que pode notar-se a  diferença. Enquanto aquele que edificou sobre a areia, a sua construção cai, desmorona-se,  passa por grande decepção e amargura; o fiel que tem a sua base firmada na Palavra de Deus, a sua vida dirigida pelos mandamentos do Senhor, ele não desanima, antes a sua fé brilha.

Como Lucas destacou o construtor prudente cavou “E abriu bem fundo”,  (Lc 6.48), ou seja, não desejou ter uma base fraca, mas aquela que oferecesse especial segurança aquele que habitasse naquela casa. Abrir bem fundo significa ter a Palavra de Deus de forma abundante, profunda na vida, não apenas um conhecimento superficial, não apenas um conhecimento mínimo da Bíblia. Significa uma vida de oração, vigilância, uma vida moldada, segura na Palavra. E a base do hábil construtor era forte, pois na base havia a Rocha, Jesus.

Vamos cavar bem fundo, vamos aprofundar-nos na Palavra de Deus.  Poderão ocorrer lutas, filosofias erradas,doutrinas falsas, mas como cavamos fundo, adquiriremos a firmeza. Não  seremos abalados, como nos alimentamos bem da Palavra, teremos sabedoria para responder a ataques à nossa fé.
Aqueles que têm como fundamento: o dinheiro, o sucesso, a popularidade, confiança em outros deuses, cairão, tudo porque não edificaram a sua casa na rocha, desprezaram as palavras de Jesus. Desprezar os mandamentos de Deus significa não “ligar” para eles, não dar atenção, não desejar viver na verdade.

O resultado foi trágico: “E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda”  (Mt 7.27).
OBS:  “Por que as pessoas construiriam uma casa sem um alicerce? Talvez para economizar tempo e evitar o trabalho árduo de preparar uma fundação sobre a pedra. Possivelmente, a paisagem à  margem da água seja mais atraente.  As casas de praia podem ter um status maior do que as casas nas montanhas. Talvez as pessoas queiram unir-se a seus amigos, que se estabeleceram em áreas arenosas; talvez não tenham ouvido falar sobre as tempestades violentas ou desconsideram os relatos que ouviram; por alguma razão, pensam que algum desastre não poderá atingi-las. Qualquer que seja o caso, aqueles que não possuem um bom alicerce têm pouca visão, e depois se lamentarão muito. Quais são as razões para você ouvir, mas não obedecer?”  (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, nota a Lc 6.49, pág. 1360).

O SERMÃO DO MONTE E NÓS
Estudamos no decorrer do trimestre, alguns elementos fundamentais  para a edificação: 1)a obediência: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7.21); 2) a dependência de Deus:“Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?” (Mt 6.26);  3) o amor a Deus e ao próximo; 4) a prioridade que deve ser dada ao Reino: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”  (Mt 6.33); 5)A persistência: “Pedi, e dar-se-vos-á ; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que se bate, se abre” (Mt 7.7-8);  6)Como não ser enganado por falsos ensinos:  “Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?”  (Mt 7.16).

Captemos a essência deste Sermão sobre nossa vida:
OBS: “Enquanto nos vemos circunscritos a esta era, estaremos sempre orando ao Pai: ‘venha o teu reino’, pois este deve ser o maior anseio de todo o cristão. Ao mesmo tempo, faremos do resumo do Sermão do Monte, expresso em Mateus 6.33, o lema de nossa vida: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas’. Então, nossa esperança de todos os dias não serão os bens materiais, nem qualquer outra coisa que represente fruto do egoísmo, e não da benevolência desinteressada, mas será a oração do apóstolo João, ao final do Apocalipse, suplicando pela vinda daquele que consumará a história: ‘Amém. Ora, vem, Senhor Jesus” (Geremias do COUTO. A transparência da vida cristã, pág.270). 

 

CONCLUSÃO

Graças a Deus por mais este abençoado trimestre, no qual pudemos adquirir conhecimentos profundos e práticos acerca do Cristianismo.
Que o Senhor nos ajude a buscar para nossa vidas essas verdades bíblicas e reais e continue, concedendo o privilégio de transmiti-las.
Firmemos nossa vida na Rocha Eterna! Mostre-nos a nossos alunos a segurança de Cristo.
Agradecemos a oportunidade, rogando a Deus que conceda a cada professor abundantemente a Sua graça, e a disposição de trabalhar com Ele e para Ele!
Louvemos a Deus:  “Rocha eterna, meu Jesus,/Que, por mim, na amarga cruz, / Foste morto em meu lugar,/Morto para me salvar;/ Em ti quero me esconder,/Só Tu podes me valer./Quando a morte me chamar,/E ante Ti me apresentar,Rocha eterna, meu Jesus,/Que por mim na amarga cruz, /Foste morto em meu lugar,/Quero em Ti só me abrigar”  (1a e 4a estrofes do hino 47 da Harpa Cristã).

Colaboração para o Portal Escola Dominical: Profª. Ana Maria Gomes de Abreu (Inn Memorian).http://www.portalebd.org.br/classes/juvenis.html

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