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terça-feira, 24 de junho de 2014

A Igreja e o Divórcio




“De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Mt 19:6

I- O Divórcio no AT, Dt 24:1-4


O divórcio era admitido no A.T sempre que o marido encontrasse alguma coisa indecente ou vergonhosa na mulher. A expressão “coisa indecente” significava que, se o homem visse no corpo e no comportamento de sua esposa algo comprometedor, ou existisse falta de respeito, expressões grosseiras, irresponsabilidade, inaptidão aos deveres domésticos, poderia divorciar-se dela. O adultério não era motivo para o divórcio, pois a lei, em Lv 20:10 e em Dt 22:22, determinava que todo adúltero, homem ou mulher, tinha de ser apedrejado até a morte.

A maioria das igrejas define sua posição acerca do divórcio baseada mais em estatutos e normas do que naquilo que a Bíblia realmente diz. Assim, cometem erros contínuos ao longo dos anos.

Moisés e o divórcio:

É importante ressaltar que a lei de Moisés não foi a criadora do divórcio. Ele já era praticado pelas nações de Canaã bem antes de Israel chegar àquela terra. O que Moisés fez foi regulamentar um costume já existente. Portanto, não há contradição entre ele e Malaquias.

Na Lei, somente em duas situações o homem era impedido de conceder carta de divórcio à esposa:


1- Quando a esposa fosse acusada falsamente de pecado sexual pré-marital pelo marido, Dt 22:13-19;

2- Quando o homem tirasse a virgindade de uma jovem e o pai dela o compelisse a desposá-la, Êx 22:16,17; Dt 22:28,29.

Em nenhum lugar, o Antigo Testamento ordena ou encoraja o divórcio. O profeta Malaquias diz que Deus “odeia o repúdio”, Ml 2:16.

II- O Divórcio no Novo Testamento, MT 19:3-9


1) O ENSINO DE JESUS. A pergunta feita pelos fariseus a Jesus não questionava o divórcio em si, mas se ele era lícito por qualquer motivo. Ao tempo de Jesus, duas correntes fortíssimas dividiam os judeus quanto ao divórcio. Eram elas as correntes de dois grandes rabinos: Shamai, que admitia o divórcio somente nos casos de infidelidade conjugal, e Hillel, que o admitia por qualquer motivo.

Jesus confirmou o pensamento do rabino Shamai, de que o homem só podia divorciar-se legitimamente se sua esposa tivesse comprovadamente cometido atos sexuais ilícitos ( adultério e imoralidade sexual) com outra pessoa, que não o cônjuge. Para Jesus o divórcio não pode ser por qualquer motivo.

2) O ensino de Paulo.

a) Lei conjugal, Rm 7:2- Nesse texto, o apóstolo não está tratando de divórcio, mas dos deveres relacionados à união conjugal. Aqui, portanto, não se comenta a exceção determinada pelo próprio Jesus em Mt 19.

b) Aos casais crentes, 1 Co 7:10,11- Nessa passagem, Paulo refere-se à mulher que obteve o divórcio de acordo com a Lei grega, fácil de ser conseguido. O apóstolo recusa reconhecer a validade desse divórcio, pois a mulher ainda estava casada. Veja a frase “volte para o marido”. Não tinha havido adultério como motivo para o divórcio.

c) Aos casais mistos, 1 Co 7:12-15- Quando os coríntios convertiam-se, em alguns casos o marido ou a esposa incrédula abandonava o crente por causa de sua fé em Cristo. Nesse caso o divórcio era permitido. A palavra “apartar”, do v. 15, significa divorciar-se, como no versículo 11. Quando o NT foi escrito em grego e enviado às cidades do império Romano, a carta de divórcio era universalmente aceita como tendo um sentido de dissolução.

III- A Igreja, o Divórcio E O Novo Casamento
O que a Igreja pode fazer para que o número de divórcio diminua? Como a igreja pode ajudar os lares?

a) Dar ênfase aos ensinamentos bíblicos.
O abandono da Bíblia e de seus ensinamentos sobre casamento, família é a razão principal do alto índice de divórcio entre os crentes. O casamento entre crentes e não-crentes celebrado em muitas igrejas gera graves problemas conjugais, 2 Co 6:14-15.

b) Combater os valores apresentados pela mídia.
Principalmente pela televisão, que tem um poder incalculável de persuasão. A TV tem explorado sem piedade o adultério, a prostituição, a degradação da família, muitas vezes corrompendo crianças e adultos.

c) Criar programas que ensinem a importância do casamento durar para sempre.


Cursos para noivos, classes de Escola Bíblica Dominical para casais, encontros de casais e outros eventos. Isso ajudará muito na prevenção de problemas matrimoniais.

d) Criar laços com os divorciados.
Quando o casal se separa perde seu estado civil, perde o sentido da unidade familiar, afinal as pessoas se casam para ficar juntas e a separação põe fim a esse projeto de vida. Há uma mudança radical na vida dos divorciados. Mudam de casa, de nível sócio-econômico, ficam longe dos filhos. Até essas pessoas se reorganizarem emocionalmente a Igreja deve auxiliá-las em amor.

CARTA DE DIVÓRCIO

Em Dt 24, há referência à carta de divórcio. Era um documento legal, fornecido pelo marido à mulher repudiada.


A respeito deste documento escreveu Flávio Josefo, historiador que viveu pouco depois da época de Jesus: “Aquele que se divorciar de sua esposa, por qualquer motivo, deve registrar por escrito. Portanto, ela terá a liberdade de casar com outro homem. Entretanto enquanto essa carta não lhe foi dada, não poderá fazê-lo”. E o marido não podia tomar outra esposa sem dar carta de divórcio à primeira. Outro detalhe do texto é que se ela casar de novo e o seu marido novo lhe der também carta de divórcio ou morrer, ela não podia voltar para o seu primeiro marido. Esta lei servia também para proteger a mulher.

UNIÃO INDISSOLÚVEL

A Lei de Moisés sobre o divórcio é citada no Novo Testamento e Jesus a explicou como sendo uma “concessão”, por causa da dureza dos corações. Pois a vontade de Deus para o casamento “desde” o princípio, é que ele seja uma união indissolúvel.

VERDADES SOBRE O DIVÓRCIO

1. O divórcio não tem a aprovação de Deus. Portanto é possível sim o casal por mais difícil que seja a convivência a dois, viverem bem para o resto de suas vidas juntos, pois quando a base do casamento é o amor, a atenção etc... E em primeiro lugar a coluna que é Deus, pois tenho presenciado Deus transformar muitos casais e lares.


2. O casamento deve ser realizado sempre sob a expectativa do “até que a morte separe o casal”.


3. A igreja deve ajudar a salvar os casamentos em perigo e desestimular o divórcio.


4. Não há divórcio indolor. Ele dói porque era uma só carne e com a separação essa carne única é rasgada em dois pedaços.


5. A Igreja não deve pregar a favor do divórcio, mas deve amar os divorciados.


6. Não podemos deixar que nossa tradição eclesiástica e teológica tenha maior peso do que as Escrituras sobre o assunto.


7. A igreja não pode se esquecer de que o divórcio não é o único erro que o crente comete nem é o pecado imperdoável de que fala a Bíblia.


Que Deus abençoe a sua vida e sua família, e para que Deus seja o Centro em todas as coisas na sua vida conjugal.


Quando deixamos Deus trabalhar e “O” buscamos para entrar em nossos lares, em nossas vidas conjugais, a Paz de Cristo reina, e quando falo sobre a paz de Cristo, digo que vocês casais enfrentarão muitos problemas e dificuldades, pois todos estão sujeitos a algum tipo de dificuldade no casamento, mas com Jesus reinando vocês enfrentarão unidos todos os problemas e isso inclui finanças, uns dos motivos que tem separado famílias. Por isso perseverem diante dos ataques do inimigo, das lutas e dificuldades, vocês vencerão. Pois o maior desejo e planos do Diabo é destruir a família. Tenho muitos testemunhos nesta área conjugal, passamos por muitos problemas, muitas crises em questão de finanças, e isto em 5 anos e meio, mas o importante é que Deus tem cuidado do meu lar, da minha esposa, e tem me ajudado a ser um marido nos padrões Bíblicos , de Jesus. Deus quer usar você e sua família, dispõe-te na presença de Deus. Amém

Por: Michael Rossane
Ministração na EBD, da Revista Aleluia. Gráfica e Editora Aleluia.
FONTE  MISSÕES & TEOLOGIA

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