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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Fanático religioso invade escola no Rio, mata 12 alunos e se suicida



Pais e curiosos se aglomeram defronte à escola
post atualizado às 20h35

Wellington de Menezes de Oliveira(foto), 23, invadiu por volta das 8h desta quinta-feira (7) a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, e matou a tiros 12 estudantes, dos quais dez meninas -- a maioria foi atingida na cabeça. Em seguida ele se suicidou. Ele deu mais de 30 disparos.

O número de feridos é 18. Desse total, 12 são meninos. Esses números são provisórios. As vítimas mais graves estão internadas no Hospital Albert Schweitzer e no Hospital Adão Pereira Júnior.

Com colete à prova de balas, roupa preta e luvas, Oliveira entrou na escola dizendo que ia dar uma palestra. Oliveira foi reconhecido por funcionários porque era um ex-estudante. A escola tem 400 alunos na faixa de 9 a 14 anos no período da manhã.

Uma merendeira disse: “O cara entrou e começou a atirar. Vi muitas crianças carregadas, desacordadas, baleadas”.

Um estudante contou que Oliveira entrou na sala de aula com as duas armas e falou: "Olá, crianças." Então, rindo, apontou um revólver para a cabeça de uma menina que estava perto da porta e atirou. Os estudantes entraram em desespero, sem ter para onde fugir.

A tragédia não assumiu maior proporção porque dois estudantes, um deles baleado, pediram ajuda do sargento Márcio Alves(foto), que estava nas imediações da escola em uma operação de trânsito. O policial se defrontou com Oliveira em um corredor da escola e deu um tiro no joelho dele. Foi quando Oliveira, caído, se matou. Ele já tinha atirado em estudantes do primeiro e segundo andares e estava a caminho do terceiro.

 "Cumpri o meu dever", disse o sargento. "Quando cheguei já estava ocorrendo os tiros. No segundo andar, encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma na minha direção, foi baleado, caiu na escada e cometeu o suicídio."

O coronel Ibis Pereira, porta-voz da PM, disse que Oliveira estava tomado por uma "demência religiosa". Informou que ele deixou uma carta onde acusa as crianças de serem impuras. "Era um fanático religioso."


Carta do atirador pede que só os puros toquem no corpo dele.


Oliveira -- que não tinha antecedentes criminais -- estava armado com um revólver de calibre 38 e outro de 32. Tinha muita munição e equipamento para recarregar com rapidez as armas. O coronel Pereira disse que Oliveira estava com intenção de matar muito mais. Na carta, há menções como ele queria ser enterrado.  Oliveira também teria escrito ser portador do vírus HIV, o que não se confirmou.

Atirador morto
Rosilane, irmã de criação de Oliveira,  disse que ele sofria de transtornos mentais, estudava o islamismo e por algum tempo usou barba longa, como os fundamentalistas muçulmanos. "A nossa mãe era da Testemunhas de Jeová, mas ele não quis seguir a nossa religião", disse. "Ele não tinha amigos, só ficava no computador, era
esquisito."

Amigos de Oliveira afirmaram que ele se converteu ao islamismo após a morte da mãe. A jornalista Karen Mendes, 31, amiga da familia do atirador, disse que Oliveira ficou mais isolado quando se tornou fiel do islã. "Conheço o Wellington desde pequeno, sempre foi muito retraído. Ele entrou para o islamismo há um tempo, depois disso ficou ainda mais retraído. Saiu do Realengo e se isolou em Sepetiba, também na zona oeste."

Evaldo Machado, vizinha da escola, disse o que viu pela janela: "Eu estava tomando café na janela quando houve uma correria de várias crianças saindo da escola. Contei pelos menos 13 crianças feridas. Elas foram retiradas em carros particulares".

Robson de Carvalho contou que tinha recebido de sua filha de 15 anos uma ligação pedindo ajuda porque havia um homem matando estudantes. Ele correu para escola, que é perto de sua casa, e disse ter visto uma "cena horrível". "Vi várias meninas de 14 anos baleadas. Tudo mundo correndo, uma confusão." Carvalho resgatou sua filha e mais outros seis estudantes.

O ataque de fúria Oliveira está sendo noticiado por sites de jornais de todo o mundo. A presidente Dilma disse estar chocada. O ministro Fernando Haddad (Educação) comentou que nunca houve no Brasil esse tipo de assassinato em massa.

O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes deram entrevista manifestando solidariedade às famílias dos estudantes mortos. Cabral disse que assistentes sociais vão dar apoio aos parentes das vítimas. As aulas na escola foram suspensas. À tarde, um vídeo postado no Youtube mostrou a fuga desesperada de estudantes por uma das portas da escola.

Vídeo mostra o desespero da fuga


Com informações de emissoras de rádio e TV.

Caso do atirador do Realengo.   > Violência na escola.   > Fanatismo.
FONTE PAULOLOPES WEBLOG

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